Luciana Lopes da Costa Scherpel¹ e Pedro Henrique Ferreira Moreira²
Membros Filiados ao Instituto Brasileiro de Direito Desportivo – IBDD.
A década era a de quarenta, o mundo vivia seu segundo ano do maior conflito armado envolvendo uma Europa fragmentada diante aos regimes totalitários. Os gritos em defesa da liberdade e democracia ainda contrastavam em meio aos sons de bombardeios, reais e simbólicos.
O Brasil vivia o período do Estado Novo, governado por um presidente que até hoje desperta a ira em discussões e paixões sobre seu modo centralizador, considerado, por muitos, autoritário.
Foi nesse contexto que um cidadão resolveu escrever uma carta, talvez o prenúncio do que seriam as redes sociais, destilando sua misoginia e preconceitos, característicos de sua época. Dizia a carta:
“Carta de um cidadão a Getúlio Vargas:
[fusion_builder_container hundred_percent=”yes” overflow=”visible”][fusion_builder_row][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”][Venho] Solicitar a clarividente atenção de V. Ex. para que seja conjurada uma calamidade que está prestes a desabar em cima da juventude feminina do Brasil. Refiro-me, Snr. Presidente, ao movimento entusiasta que está empolgando centenas de moças, atraíndo-as para se transformarem em jogadoras de futebol sem se levar em conta que a mulher não poderá praticar esse esporte violento, sem afetar, seriamente, o equilíbrio fisiológico das suas funções orgânicas, devido à natureza que dispoz a ser mãe… Ao que dizem os jornais, no Rio, já estão formados, nada menos de dez quadros femininos. Em S. Paulo e Belo Horizonte também já estão constituindo-se outros. E, neste crescendo, dentro de um ano, é provável que, em todo o Brasil, estejam organizados uns 200 clubes femininos de futebol, ou seja: 200 núcleos destroçadores da saúde de 2.200 futuras mães que, além do mais, ficarão presas de uma mentalidade depressiva e propensa aos exibicionismos rudes e extravagantes.” ³
Relatam alguns registros históricos, que a referida carta motivou a criação do artigo 54 do Decreto-lei nº 3.199 que proibiu 4 , expressamente, a prática de desportos femininos incompatíveis por sua natureza ao gênero, uma proibição baseada no preconceito e no sexismo vigente à época.
A discussão sobre a prática desportiva por mulheres se estendeu pelas décadas seguintes, principalmente questionando-se quais seriam os desportos abarcados pela proibição.
Felizmente, em um processo longo e tortuoso de amadurecimento e lutas, a sociedade mundial, incluindo a brasileira obviamente, evoluiu em um movimento de emancipação dos direitos das mulheres, além de, é claro, na consagração dos princípios do Estado Democrático de Direito.
É impensável para a sociedade contemporânea reverenciar as proibições dos regimes militares e/ou do supracitado decreto, haja vista que o movimento feminista ultrapassou barreiras que antes pareciam ser intransponíveis.
O Futebol Feminino hoje é visto não apenas como uma modalidade válida e permitida, mas, sobretudo, um direito fundamental das mulheres, seja no seu fim intrínseco de manifestação cultural, seja como prática laborativa.
Em que pese a lentidão dos passos em determinados momentos e regiões, é evidente que a profissionalização do futebol feminino se mostra como um caminho sem volta em todo o mundo.
Nesse ponto, é importante se fazer o destaque das bravas mulheres das décadas passadas que lutaram pelo direito da prática do futebol, nomes que estão eternizados na história do futebol brasileiro e mundial.
Todavia, resta bastante claro, para todos os partícipes da comunidade desportiva, que jamais o futebol feminino esteve em uma posição tão privilegiada de desenvolvimento como na atualidade.
Não se nega a importância dos campeonatos disputados nas décadas passada, em especial da década de oitenta, entretanto, essas mulheres batalhadoras jamais puderam vivenciar os frutos de suas lutas, fazendo valer o velho e conhecido ditado árabe que diz: “Quem planta tâmaras não colhe tâmaras.” 5
Os frutos começam a ser extraídos em movimentos ao redor de todo o mundo. Nessa direção, podemos citar a regulamentação da obrigatoriedade do desenvolvimento do futebol feminino por parte de confederações filiadas à entidade máxima do futebol, a FIFA.
A título de exemplificação do desenvolvimento, citamos o relatório 6 da Federação Inglesa de Futebol, historicamente posicionada como à equivalente de entidade mãe do futebol, o qual nos mostra que na temporada de 2016/17 do total de 11 (onze) milhões de atletas de futebol, aproximadamente 2 (duas) milhões eram mulheres, somadas a 900(novecentas) mil garotas praticantes do futebol.
O mesmo relatório nos aponta também a existência de 1.544 (mil e quinhentos e quarenta e quatro) times femininos filiados à federação inglesa de futebol e um número de 3.504 (três mil e quinhentos e quatro) times filiados de meninas entre cinco e quinze anos.
Entretanto, não é somente a prática do futebol feminino que vem despertando desejo ao redor do mundo, também podemos ver um notório crescimento do interesse pelo consumo do produto, por torcedores e amantes do esporte.
O Relatório da FIFPRO 7 -Federação Internacional de Jogadores Profissionais de Futebol, mostra de sobremaneira o crescimento de público das ligas nacionais, em especial da liga estadunidense, da liga sueca e da liga francesa de futebol feminino.
A NWSL, liga estadunidense de futebol feminino, viu-se diante de um aumento de audiência desde sua temporada inaugural de 2013 praticamente contínuo, com uma pequena variação na temporada de 2016/17.
Na temporada de 2018/19, a NWSL obteve seu recorde histórico de média de público de 7.337 (sete mil e trezentos e trinta e sete) espectadores entre suas 9 (nove) equipes disputantes de seu campeonato. Esses números representam um incremento de 21,8%/9 (vinte e um, oito por cento) ao recorde anterior estabelecido na temporada de 2017/18, e incríveis 71,8% (setenta e um, oito por cento) em relação a sua primeira temporada de disputa.
A equipe do Portland Thorns FC obteve um média, em suas partidas como mandante, de 20.098 (vinte mil e noventa e oito) espectadores por certame, números que causam inveja em clubes profissionais centenários do futebol masculino brasileiro.
A principal competição europeia da modalidade feminina, a UEFA Champions League Feminina, chegou à taxa de ocupação de sua final em 89% (oitenta e nove por cento) do estádio, um aumento de quase 20% (vinte por cento) em relação a temporada 2015/16.
Em relação aos números totais de espectadores da final, o recorde da competição está com a temporada 2016/17, onde houve a presença de um público de 22.433 (vinte dois mil e quatrocentos e trinta e três) torcedores.
O crescimento do interesse do público pelo futebol feminino já está se refletindo nos acordos publicitários dos times. Na anteriormente citada liga estadunidense, o espaço nas bermudas para exposição de marcas, já é vendido por 530.000,00EUR (quinhentos e trinta mil euros). Já nas ligas europeias, o mesmo espaço publicitário é vendido por 400.000,00EUR (quatrocentos mil euros), dados também divulgados pela FIFPRO.
O reflexo do maior interesse público e do crescimento econômico das ligas é o aumento do número de partidas disputadas pelas principais ligas do mundo. A Espanha lidera essa estatística com sua liga nacional de dezesseis clubes com uma temporada de 240 (duzentos e quarenta) partidas oficiais em 2018/19.
O Brasil já aparece em décimo nessa lista com o total de 126 (cento e vinte e seis) partidas disputadas na temporada de 2019, frisa-se à frente da liga estadunidense, segundo dados divulgados pela FIFPRO.
As atletas profissionais de futebol feminino começaram aos poucos a receber compensações financeiras pelos números anteriormente citados. Como é sabido, ainda é frequente que essas atletas disputem campeonatos com contratos amadores e em alguns países, incluindo o próprio Brasil em algumas regiões e clubes, até mesmo sem o devido pagamento de salários.
O já citado estudo relata que, excluindo as jogadoras que não recebem salários, a média de valores pagos às atletas que começam a se profissionalizar já está chegando ao importe mensal de 4.000 EUR(quatro mil) euros, números, obviamente ,que devem ser analisados com cautela frente ao desvio da média de algumas jogadoras com salários altos para o padrão da categoria.
Trazendo um excelente indicador de desenvolvimento, citamos que no ano de 2019, o AFC AJAX 8 foi o primeiro clube profissional holandês a firmar um acordo coletivo, garantindo às mulheres o mesmo salário mínimo que os homens, férias, seguro médico, entre outros. Uma atitude emancipadora que serve de exemplo para o restante do mundo.
Estamos vivendo uma aurora da profissionalização do futebol, o amanhecer de um futuro mais justo e acessível para as atletas, fato esse que, em 2018, levou a entidade máxima do futebol a incluir as transferências internacionais de mulheres no sistema TMS/FIFA – Transfer Matching System.
A obrigatoriedade do uso do TMS/FFA para as transações internacionais das atletas assegura direitos não só aos clubes envolvidos nas negociações, como também às próprias atletas, trazendo transparência à essas negociações.
Em recente relatório publicado pela entidade máxima do futebol, sobre as transferências internacionais no futebol profissional feminino [9], ficou comprovado que desde a obrigatoriedade da adoção do TMS/FIFA, um total de 1.529 (mil e quinhentos e vinte e nove) transferências foram efetuadas.
Ainda, levando-se em consideração o segundo ano da utilização do TMS/FIFA para transferências internacionais de atletas de futebol feminino, observamos um aumento de 19,7% (dezenove, sete por cento) dessas transações no ano de 2019, em relação ao ano de 2018.
O número de atletas profissionais mulheres transferidas, no ano de 2019, e registradas no TMS/FIFA, chegou a 757 (setecentos e cinquenta e sete) provenientes de 81 (oitenta e uma) diferentes nacionalidades de associações filiadas à FIFA.
O Brasil aparece com destaque na listagem de maiores volume de saída de atletas para um determinado país, figurando em três posições nas primeiras dez colocações, perdendo tão somente para os Estados Unidos da América, que é dono de quatro posições.
Esse dado é relevante, pois mostra ao mercado interno a tradicional vocação brasileira exportadora de atletas de futebol, algo consolidado na modalidade masculina, que começa aos poucos a gerar ganhos financeiros para a modalidade feminina.
Parece-nos cada vez mais evidente que o Brasil é um produtor natural da “matéria prima” de jogadores de futebol, independente do gênero, cuja receita dessas transações, configuram, na maioria dos casos, a principal fonte de receita financeira de muitos clubes.
Naturalmente, os clubes brasileiros começarão a abrir seus olhos para a necessidade de profissionalização do futebol feminino, observando a tendência global e, indubitavelmente, a oportunidade de um mercado que ainda engatinha, porém demonstra-se em crescimento.
E não é só. Sabemos que no futebol masculino é bastante comum que a revelação de um craque sustente por uma década a associação desportiva formadora, seja através dos valores de venda de direitos econômicos, seja através dos mecanismos de solidariedade e formação.
A implementação do sistema TMS/FIFA no futebol feminino foi um primeiro passo para o mapeamento dos talentos femininos formados pelos clubes brasileiros, que poderão, enfim, compreender o futebol feminino também como um negócio lucrativo, não apenas uma obrigação regulamentar.
Toda mudança cultural é lenta e gradual, passando por uma conscientização coletiva de suas vantagens. Assim, o futebol feminino começa a trilhar sua sobrevida financeira. Importante não deixarmos de citar, por exemplo, os números da final do Campeonato Paulista Feminino, organizado pela FPF.
Segundo os dados divulgados pela Federação Paulista de Futebol, compareceram para final entre Corinthians e São Paulo o incrível número de mais de 28.000 (vinte e oito mil) pessoas, um público considerado excelente independente do gênero que esteja disputando o certame.
A Federação Paulista compreendeu a necessidade de profissionalização de seu produto, criando estratégias de marketing, com envelopamento do campeonato, criando seus próprios símbolos de identificação, fatores estes que contribuíram em muito para o resultado, acima relatado.
Isto fez com que o torcedor comparecesse à final, demonstrando o seu interesse pelo o consumo de um produto que está sendo cuidado e tratado com o devido respeito que merece.
Nesse sentido, também podemos observar o esforço da Confederação Brasileira de Futebol – CBF, na organização dos campeonatos nacionais da Série A1 e Série A2 feminina nos últimos anos, criando até mesmo a parceria de transmissão ao vivo das partidas através da plataforma da rede social Twitter.[10]
Em 2018, segundos o estudo da CBF,[11] o país possuía registrados em seu sistema um total de 360. 291 (trezentos e sessenta mil e duzentos e noventa um) atletas, sendo que desse universo 12.804 (doze mil e oitocentos e quatro) são do gênero feminino.
O mesmo estudo aponta que os clubes brasileiros possuíam, no ano em questão, 11.683 (onze mil e seiscentos e oitenta e três) contratos ativos com atletas profissionais, sendo que desses somente 132 (centro e trinta e dois) eram de contratos profissionais de atletas femininos.
Em uma primeira análise, os números de contratos profissionais femininos ainda podem ser desoladores, mostrando um grande amadorismo em vigor na modalidade. Entretanto, devemos compreender a evolução da modalidade, que há poucos anos era criminalizada e não possuía um contrato profissional sequer registrado, muito menos um campeonato com calendário previamente conhecido e diferentes divisões.
É exatamente nessa esteira de profissionalização que devemos aplaudir atitudes como a do Corinthians[12], um dos principais vencedores na modalidades, que decidiu por profissionalizar todo seu elenco feminino no ano de 2020, assinando a carteira de trabalho de suas atletas, reconhecendo os direitos trabalhistas dessas e seguindo o exemplo de outros clubes brasileiros que adotaram o sistema em anos anteriores.
O movimento de consolidação do futebol feminino caminha com pequenas vitórias, que sequer são conhecidas do grande público, como exemplo citamos que no ano de 2019 a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, pela primeira vez em sua história, pôde organizar seu campeonato feminino com a participação dos quatro maiores clubes do estado e mais 26 (vinte e seis) equipes, fato impensável há dez anos.
Portanto, como podemos depreender dos números ao redor do mundo e do próprio cenário brasileiro, a última década foi marcada pelo crescimento do futebol feminino como modalidade esportiva geradora de interesse econômico.
Outrossim, o movimento de profissionalização está intrinsecamente ligado a uma mudança cultural de aceitação do papel efetivo de mulher na sociedade, por consequência da emancipação feminina.
A obrigatoriedade do registro de transferências internacionais de mulheres no sistema TMS/FIFA mostra-se um marco para a profissionalização e para a compreensão dos clubes da importância de formalizarem os contratos de suas atletas.
Ressalta-se que a entidade de prática desportiva somente estará protegida e/ou terá acesso aos mecanismos de formação e solidariedade previstos nos Regulamentos da FIFA, caso se dê a formalização dos contratos de suas atletas no já citado sistema.
A crise causada pela pandemia do COVID-19 suspendeu competições de todas as modalidades desportivas , não somente de futebol feminino, mostrando-se um desafio para o desporto e para a sociedade.
Com a paralização não só dos campeonatos mas também de suas atividades, os clubes brasileiros que já passavam por crises financeiras e os que tinham suas contas equacionadas, viram a situação se agravar sem a entrada de suas fontes de receita, tais como; direitos de transmissão dos jogos, renda das partidas, patrocínios, venda de produtos licenciados, dentre outros.
Inegável que o futebol feminino sofrerá os impactos dessa interrupção e as perdas serão de toda ordem, não apenas financeira.
A interrupção de mais de noventa dias, revela uma situação preocupante, muitas atletas foram dispensadas, muitos clubes não estão conseguindo sequer pagar a ajuda de custo e já não há dinheiro para manter as estruturas dos departamentos femininos em algumas agremiações.
A Confederação Brasileira de Futebol, pensando em todo esse cenário, concedeu um crédito[13] de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) para as equipes que disputam a série A1 do Campeonato Brasileiro e R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) para as equipes da série A2 do mesmo campeonato. Os valores foram calculados para efetuar o pagamento do custo de dois meses de salários, ou equivalentes, das equipes.
A FIFA, na mesma linha, informou que irá investir[14] US$1(um) bilhão até 2022, verba que promete ser rigorosamente auditada, para fortalecer competições, programas de desenvolvimento, capacitações, governança e liderança, profissionalização e outras ações que fortaleçam o crescimento da modalidade e auxiliem nesse momento de incertezas.
Podemos citar como outro impacto relevante para o futebol feminino, o fato de que, como muitos torneios foram cancelados ou até mesmo suspensos, mas no último dia 19 de junho a CONMEBOL confirmou a realização da Taça Libertadores Feminina 2020, todavia, adiando sua realização para 2021.[15]
Na mesma esteira, a CONMEBOL não teria como exigir a comprovação das equipes femininas para aqueles clubes que irão disputar suas competições no masculino, alegariam alguns críticos da medida ou detratores do futebol feminino. No entanto, a entidade garantiu que em 2021 a exigência será mantida, mostrando, portanto, seu comprometimento com o desenvolvimento da modalidade.
A comunidade do futebol do futebol feminino não está parada, assistindo inerte aos efeitos da pandemia, o projeto vencedor da candidatura conjunta entre Austrália e Nova Zelândia da Copa do Mundo FIFA de Futebol Feminino de 2026 estipulou metas ambiciosas de desenvolvimento da categoria.[16]
Cita-se, em especial, a meta australiana de alcançar a divisão de metade de seus atletas registrados entre os dois gêneros. Na mesma trilha, a Nova Zelândia estipulou sua meta de crescimento anual de 7% (sete por cento) do futebol feminino em seu país.[17]
Verificamos nesse artigo, que o desenvolvimento do futebol feminino sofreará uma retração dos números para o ano de 2020, fato esse que desperta preocupação do também da FIFPRO[18], sendo mais um percalço da caminhada de luta pelo desenvolvimento. Entretanto, a pandemia passará e o esporte superará a crise.
A retomada do crescimento econômico da modalidade se mostra apenas uma questão de tempo, assim como a profissionalização de atletas, haja vista que as cifras que começam a girar demandam isso.
A profissionalização do futebol feminino pode ter sido atrasada, mas não sairá do horizonte e, muito menos, do futuro próximo do esporte mundial e, principalmente, do nacional.
* O conteúdo do presente artigo não necessariamente representa a opinião do Instituto Brasileiro de Direito Desportivo – IBDD, sendo de total responsabilidade dos Autores deste.
¹Advogada Especialista em Direito Desportivo, Diretora do IBDD, membro da Academia Nacional de Direito Desportivo, membro da IASL, Vice-presidente da comissão de direito desportivo da OAB/RJ e Sócia em Lopes da Costa Associados.
²Bacharel em Direito por Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, Pós Graduado em Direito Desportivo ICF/ UCAM, Pós Graduando em Direito do Trabalho em PUC/RS, Advogado em Lopes da Costa Associados, representa atletas e clubes em julgamentos desportivos, incluindo DOPING, no TJD, STJD, TJD-AD, Corte Arbitral do Esporte -CAS e na Justiça do Trabalho.
³ FUZEIRA, José, carta datada de 25/04/1940 In – SUGIMOTO, Luiz. Universidade Estadual de Campinas / Assessoria de Imprensa. Eva Futebol Clube, Campinas: 2003.
4 STEIN, Leandro. “O futebol feminino já foi proibido pela lei brasileira, mas segue na luta pela emancipação.” Trivela.2016. Disponível em < http://trivela.uol.com.br/o-futebol-feminino-ja-foi-proibido-ate-pela-lei-brasileira-mas-segue-na-luta-pela-emancipacao/ > Acesso em: 18 de junho de 2020.
5 Provérbio Árabe relacionado ao ciclo de frutificação das tamareiras, uma variedade de palmeiras (nome científico: Phoenix dactylifera). Na antiguidade, as tamareiras levavam entre 80(oitenta) e 100(cem) anos para produzir frutos, fato esse já minimizado pela engenharia genética na atualidade. Entretanto, o provérbio segue no imaginário cultural árabe para designar a ideia de construção de ações que não beneficiem apenas a si, mas, sobretudo, a comunidade ao redor e as futuras gerações.
6 The FA’s strategy for women’s and girls’ football: 2017-2020 –The FA. Disponível em< http://www.thefa.com/news/2018/mar/28/gameplan-growth-one-year-280318 > Acesso em: 17 de junho de 2020.
7 “FIFPRO – 2020 Raising Our Game – Informe sobre el fútbol femenino “. FIPRO. 2020. Disponível em <https://www.fifpro.org/es/sector/raising-our-game-launched> Acesso em 18 de junho de 2020.
8 PIETERS, Janene. “ Alax First Dutch Club to give female players their own labor agreement “.NL Time. 2019. Disponível em < https://nltimes.nl/2019/06/27/ajax-first-dutch-club-give-female-players-labor-agreement > Acesso em 15 de junho de 2020.
[9] “Global Transfer Market Report 2019 – Women Professional Football – A review of international football transfers worldwide” FIFA. 2020. Disponível em < https://www.fifa.com/who-we-are/news/fifa-reports-show-further-upward-trend-in-both-men-s-and-women-s-transfer-market > Acesso em 19 de junho de 2020.
[10] “Twitter e CBF fecham em acordo para transmissão do futebol feminino.” Twiter. 2019. Disponível em<https://marketing.twitter.com/latam/pt/insights/twitter_e_cbf_fecham_acordo_para_transmissao_do_brasileiro_feminino > Acesso em 18 de junho de 2020.
[11] “Relatório sobre o Impacto do Futebol Brasileiro foi elaborado em conjunto pela CBF e EY”. CBF. 2019. Disponível em < https://conteudo.cbf.com.br/cdn/201912/20191213172843_346.pdf > Acesso em 16 de junho de 2020.
[12]“Corinthians profissionaliza elenco de futebol feminino”. Esporte Interativo. 2020. Disponível em <https://www.esporteinterativo.com.br/futebolbrasileiro/Corinthians-profissionaliza-elenco-de-futebol-feminino-20200116-0019.html > Acesso em 18/06/2020.
[13] “CBF destinará mais de R$ 19 milhões para ajudar clubes da Série C e D do Brasileirão e A1 e A2 do Brasileirão Feminino.” FoxSports. 2020. Disponível em <https://www.foxsports.com.br/br/article/cbf-destinara-mais-de-r-19-milhoes-para-ajudar-clubes-da-serie-c-e-d-do-brasileirao-e-a1-e-a2-do-brasileirao-feminino_jeubhi > Acesso em 15 de junho de 2020.
[14] BARLEM, Cíntia.“Atenta à crise pela pandemia do coronavírus, Fifa irá investir US$ 1 bilhão no futebol feminino até 2022 “. Globoesporte.com. 2020. Disponível em< https://globoesporte.globo.com/blogs/dona-do-campinho/post/2020/05/20/atenta-a-crise-pela-pandemia-do-coronavirus-fifa-ira-investir-us-1-bilhao-no-futebol-feminino-ate-2022.ghtml > Acesso em 19 de junho de 2020.
[15] “Futebol feminino: Conmebol adia Libertadores para 2021 e confirma Sul-Americanos de base no fim deste ano”. Globoesporte.com. Disponível em < https://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/futebol-feminino-conmebol-adia-libertadores-para-2021-e-confirma-sul-americanos-de-base-no-fim-deste-ano.ghtml > Acesso em 20 de junho de 2020.
[16] Australia and New Zealand biddin to host the FIFA Women’s World Cup 2023AUSTRALIA AND NEW ZEALAND – Disponível em: < www.asone2023.com/one-vision > Acesso em 28 de junho de 2020.
[17]BARLEM, Cintia – “Austrália e Nova Zelândia propõem mudanças profundas com Copa de 2023 como impulso. Conheça o projeto vencedo “. Globoesporte.com. 2020. Disponível em< https://globoesporte.globo.com/blogs/dona-do-campinho/post/2020/06/29/australia-e-nova-zelandia-propoem-mudancas-profundas-com-copa-de-2023-como-impulso-conheca-o-projeto-vencedor.ghtml > Acesso em 29 de junho de 2020.
[18] “FIFPro diz que coronavírus ameaça crescimento do futebol feminino”. Agência Brasil. 2020. Disponível em <https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2020-04/fifpro-diz-que-coronavirus-ameaca-crescimento-do-futebol-feminino > Acesso em 19 de junho de 2020.
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