Edio Leitão
O esporte e mais especificamente o futebol é visto como negócio, e dos mais rentáveis economicamente. Todos os envolvidos tem por escopo o lucro, o que explica o envolvimento de multinacionais e empresários de sucesso nas questões de gestão, marketing e patrocínio de eventos esportivos e de entidades desportivas.
Porém, é preciso pensar que a essência do esporte está no torcedor.
É ele o principal consumidor responsável por toda a estrutura esportiva logo, o sucesso de uma Copa do Mundo deve necessariamente ter como foco o respeito e o bem estar do torcedor!
Seguindo a linha de racicínio de Eric Betting: “Enquanto não colocarmos o torcedor na linha de frente da prioridade de um clube, será muito difícil mudar realmente a condição de gestão do esporte. A Europa percebeu isso há 20 anos, na revolução provocada pela Premier League inglesa e pela Liga dos Campeões da Uefa.” [fusion_builder_container hundred_percent=”yes” overflow=”visible”][fusion_builder_row][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”][1]
Respeitamos àqueles que enxergam um evento da magnitude de uma Copa do Mundo como um simples torneio de futebol, porém, essa visão acanhada não tem força para contrariar o fato de que o esporte e, em especial o futebol, é fator de transformação e inclusão social.
Pontue-se, que esse tipo de evento poderá deixar como legado estádios novos e modernos seguindo os padrões FIFA, o que concorrerá para o conforto e segurança dos torcedores, porém, outras vertentes de trabalho devem ter como foco o torcedor, como por exemplo, os aeroportos, que atualmente apresentam um déficit considerável tornando duvidosa sua eficiência, o que poderá comprometer o deslocamento dos turistas durante o período da Copa, razão pela qual, investimentos nessa área também se revestem de importância ímpar.
Turistas do mundo inteiro estarão conhecendo as diversas regiões do Brasil, podendo contribuir com o desenvolvimento turístico, inclusive após a Copa do Mundo. Corrobore-se com o fato de que segundo o Banco Itaú, há previsão de que Produto Interno Bruto do País aumente cerca de 1,5%, com o turismo a ter um importante papel nesse aumento[2].
Enquanto a França recebe por ano uma média de 65 milhões de turistas, o Brasil está na casa dos 5 milhões, logo, a Copa do Mundo pode impulsionar mudanças positivas nesse sentido.
Como se não bastasse, apesar de não existir uma formulação pronta capaz de mensurar o prestígio obtido com uma Copa do Mundo, o fato é que uma gama imensa de países querem ser anfitriões desse tipo de torneiro, razão pela qual, essa oportunidade tem que ser aproveitada da melhor maneira possível, divorciado de qualquer tipo de melindre.
É crucial uma sinergia entre todos os envolvidos com a Copa do Mundo 2014, de forma direta ou indireta, para que se conscientizem de que esse evento pode ser um marco no sentido de se ter uma nova visão sobre gerenciamento esportivo, como também, fidelizar os presentes e futuros torcedores/consumidores desse “produto” chamado futebol, satisfazendo-os não somente com o básico bem feito, mas principalmente surpreendendo-os com o oferecimento de algo novo, imprevisível.
Porém, depois da troca de “elogios” entre o secretário-geral da Fifa Jeromê Valcke – este disse que o Brasil precisa levar um “chute na bunda” – e da resposta do secretário especial para Assuntos Internacionais do governo brasileiro, Marco Aurélio Garcia que chamou o secretário-geral de “vagabundo”, nos faz refletir profundamente se as “autoridades” responsáveis estão preparadas para tudo isso.
Como torcedores continuamos torcendo para que pelo menos, não “chutem o nosso traseiro”.
Bibliografia:
[1] http://negociosdoesporte.blogosfera.uol.com.br/ acessado em 09 de fevereiro de 2012.
[2 ]http://www.futebolfinance.com/o-crescimento-economico-dos-paises-organizadores-de-campeonatos-do-mundo acessado em 10 de fevereiro de 2012.
Edio Hentz Leitão. Pós-Graduado em Direito Civil e Processual Civil pela Universidade Gama Filho. Cursando Gestão e Direito Desportivo pela SATeducacional. Membro do Instituto Brasileiro de Direito Desportivo. Advogado.[/fusion_builder_column][/fusion_builder_row][/fusion_builder_container]