Morte na Libertadores

Gustavo Delbin 

Pela que já pude ler e ouvir sobre a vitima fatal – um boliviano de 14 anos – no jogo entre SCCP e San José na Bolívia, pela Copa Libertadores, algumas informações (ate obvias) devem ser consideradas:

– na Bolívia não é proibido portar artefatos explosivos em jogos;

– o Estatuto do Torcedor, lei federal brasileira, não se aplica na Bolívia (evidente, mas me foi perguntado por uma “jornalista” nesta madrugada então resolvi informar);

– segundo relatos de torcedores, não houve revista na entrada do estádio;

– o regulamento da Libertadores, em seu artigo 11, considera inadequado o uso de sinalizadores, fogos de artificio ou qualquer objeto de efeito pirotécnico pela torcida e prevê punição para associações e clubes;

– existem seis brasileiros presos na Bolívia, para investigação por homicídio;

– a partir deste ano um Tribunal foi montado na Conmebol para analisar problemas nas competições sulamericanas. O presidente do tribunal é o brasileiro Caio Rocha (Vice presidente do STJD do futebol brasileiro).

Pois bem, com estas informações, algumas conclusões minhas:

– o Corinthians será responsabilizado desportivamente pela atitude de seus torcedores e julgado pelo Tribunal da Conmebol, podendo ser advertido, multado, suspenso e até excluído da competição, conforme tabela de penas constante do artigo 18 do regulamento;
– os torcedores presos para investigação por homicídio deverão ficar na Bolívia para julgamento na justiça comum;

– É ABSOLUTAMENTE LAMENTÁVEL QUE MORTES AINDA OCORRAM NO FUTEBOL POR FALTA DE ORGANIZAÇÃO, RESPONSABILIDADE E INCONSEQUÊNCIA DE AUTORIDADES E BADERNEIROS.

Ao Tribunal desejo sorte em seu primeiro grande julgamento e que a punição seja exemplar.

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