Gustavo Lopes Pires de Souza
Os Grandes eventos esportivos podem trazer grande aquecimento para o turismo brasileiro. Para se ter uma ideia, segundo o gerente do Minas Hostel, em Belo Horizonte, durante a Copa das Confederações o estabelecimento teve lotação máxima e teve como clientes turistas de dezessete nacionalidades diferentes.
Além da Copa das Confederações, as partidas do Atlético Mineiro pela Libertadores contra Tijuana, Newell’s Old Boys e Olimpia levaram mexicanos, argentinos e paraguaios a lotar o hostel.
Neste esteio, a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) realizou estudo levando em conta somente os gastos de turistas brasileiros e estrangeiros durante os 30 dias de jogos da Copa do Mundo de 2014. A conclusão é que, em razão do turismo, a economia brasileira já terá garantido retorno de todo o investimento público feito para a realização do evento.
O estudo levou em conta os gastos médios de turistas de eventos no Brasil e nos gastos realizados por estrangeiros na Copa do Mundo de 2010, realizada na África do Sul.
Segundo os economistas da Embratur os brasileiros vão gastar R$ 18,35 bilhões em suas viagens. Já os estrangeiros devem gastar R$ 6,85 bilhões, e com isso a soma final chega a R$ 25,2 bilhões.
Este valor supera todos os investimentos públicos feitos ao longo dos anos para garantir a realização da Copa, eis que estimados em R$ 22,5 bilhões.
Dessa forma, o valor de ganho com a Copa do Mundo corresponde a mais de 30 vezes o gasto de turistas na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), já que, segundo a Embratur quem esteve no Rio para acompanhar o papa Francisco desembolsou cerca de R$ 660 milhões.
A Copa do Mundo gerará, também, valores muito superiores ao da Copa das Confederações que, segundo dados da Embratur, oportunizou lucros de R$ 740 milhões de reais para o turismo.
Destaque-se que os ganhos não se restringem ao turismo, a AmBev (Companhia de Bebidas das Américas) ,a maior empresa da América Latina, que responde pelas marcas grandes de cerveja, Antarctica, Skol e Brahma divulgou dados de que foi beneficiada pela Copa das Confederações com um acréscimo de 30 milhões de litros nas vendas e um lucro de 1,88 bilhão de reais.
Diante de tudo, percebe-se que os investimentos nos grandes eventos esportivos possuem retorno financeiro e é justamente por esta razão que sempre há uma acirrada disputa para sediá-los. Portanto, desde que bem geridos, os gastos públicos trarão imenso retorno ao povo brasileiro.