Gustavo Lopes Pires de Souza
Enfim, os campeonatos estaduais iniciaram-se e tem início um ano futebolístico ímpar. Ora, não é um ano qualquer. É ano de Copa do Mundo no Brasil.
Quem acompanha futebol desde a infância sabe o significado disso. Lembro-me de acompanhar Mundiais desde o México em 1986, quando tinha 6 anos. Como se fosse hoje me recordo da derrota para a França com direito a bola na trave, bola nas costas do Goleiro Carlos e gol. Em 1990, Itália, irritei-me com o Cannigia no nosso melhor jogo na Copa.
Naquela época, nunca imaginaria que um dia teríamos uma Copa do Mundo aqui, no nosso Brasil Varonil. Teremos a chance de exorcizar o fantasma do Maranazo de 1950 e deixar de ser a única grande Seleção a nunca vencer em casa.
Entretanto, nem tudo é festa. 2013 terminou com violência nos estádios de futebol, discussão sobre o calendário e, ainda, em meio a um imenso embate jusdesposrtivo envolvendo Portuguesa, Fluminense, Flamengo e STJD.
Todo esse imbróglio faz com que iniciemos o ano futebolístico mais esperado dos últimos tempo sob o ar da desconfiança e da dúvida. O campeonato brasileiro iniciar-se-á em abril e ainda não sabemos quais os participantes, pois uma guerra de liminares altera sua composição diuturnamente.
As jogadas, gols e craques deixaram de ser o centro dos debates e entraram em campos os tribunais, as leis e os advogados. De milhões de técnicos viramos especialistas em Lei Pelé, Estatuto do Torcedor e Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
Independente do final dessa história, o ano começa melancolicamente. Ademais, se há campo para tanta discussão, talvez seja o momento de olharmos para dentro e refletirmos sobre nosso desporto.
Neste esteio, o Direito Desportivo é uma importante ferramenta de desenvolvimento do desporto nacional que deve ser cada vez mais estudado e ensinado nas Universidades Brasileiras.
Assim, ao mesmo tempo que damos as boas vindas ao futebol, fazemos votos que o ano termine melhor do que começou.