Especial Bundesliga: ‘Uma lição para o futebol brasileiro’ diz Amir Somoggi

O futebol alemão tem muito a ensinar para o Brasil. A Copa do Mundo de 2006 pode ser considerada o maior êxito de todos os Mundiais da Fifa, principalmente pelo legado que deixou para o futebol do país.

A Alemanha, principal economia da Europa, colheu diferentes benefícios, como a melhora de sua imagem no exterior, ampliação do investimento em infraestrutura urbana e do turismo, além de resgatar a identidade e orgulho da população alemã.

Leia a série especial em sequência:
> Liga do futebol alemão se firma como a segunda maior do mundo
> ‘Bilionários põem em risco o futebol’, diz Christian Seifert, CEO da Bundesliga
> Sob regras mais rígidas, clubes alemães evoluem e estão cada vez mais fortes
> Valor dos ingressos da liga alemã são baixos e quase não sobem há seis anos
> Campeonato alemão é o de maior público entre todas as maiores ligas do mundo
> ‘O futebol não é maior do que tudo’, diz diretor de operações da liga alemã
> Clubes alemães são os que mais dão lucro na Europa

 

Mas o mais contundente foi o fortalecimento financeiro do seu futebol, especialmente da Bundesliga, tanto na primeira como na Segunda Divisão.

Logo após o megaevento, a Bundesliga tornou-se a segunda em receitas entre as Ligas da Europa, só atrás da Premier League. Antes do evento a liga era a quarta força. Além disso, a 2ª Divisão da liga alemã cresceu, provando que o evento foi importante para todos e não só para os gigantes.

As novas receitas vieram das novas arenas, do desenvolvimento das marcas dos clubes, que incluem as cotas de patrocínio e as vendas de produtos licenciados, e também dos direitos de TV, no país e no exterior.

O exemplo deve ser usado como referência pelo mercado brasileiro, pois soube explorar os diferentes aspectos positivos que a Copa de 2006 trouxe para o setor.

Mas não é só pela geração de receitas que o futebol alemão deve ser considerado um benchmark. O modelo de gestão da Bundesliga é o mais equilibrado do futebol europeu, e uma referência para a Uefa na aplicação do Fair Play Financeiro.

Esse é um caso de sucesso no controle das finanças dos clubes. Quanto mais as receitas cresceram, o modelo ficou, tanto no endividamento como nos déficits dos clubes.

Esse é outro ponto fundamental ara o atual momento do futebol brasileiro, pois há uma expan-
são das receitas dos clubes, mas sem nenhuma regulação, e assim eles continuam a se endividar para montar times competitivos.

Fonte: Lance Bizz

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