Gustavo Lopes Pires de Souza
Nesta semana, Dunga convocará a Seleção brasileira para a principal competição entre seleções do continente.
O campeonato sul-americano de seleções é o mais antigo do mundo quando se fala em selecionados nacionais.
Com o passar dos anos, dado o número reduzido de filiados (10), a CONMEBOL, passou a convidar seleções de outras Confederações, como México, EUA e até o Japão.
A CONCACAF, por sua vez, tem em sua competição continental esvaziada pelo baixo índice técnico das seleções e pela dominação de México e EUA.
Em 2016, como parte das comemorações do centenário da CONMEBOL, será realizada, nos EUA, a primeira Copa América de verdade com a participação das principais seleções das Américas do Sul, Central, do Norte e Caribe.
Este formato é mais competitivo e atrativo comercialmente, eis que colocará frente a frente fortes seleções como Brasil, Uruguai, Argentina, México e forças emergentes como EUA, Costa Rica, Chile e Colômbia.
Entretanto, este formato não deve ser repetido, pois, para tanto, CONCACAF e CONMEBOL deveriam abrir mão de suas competições continentais e realizar a Copa América em conjunto.
A realização da competição única, apesar de rentável e atraente, poderia trazer redução de força política das Confederações, por isso, dificilmente, haverá uma segunda verdadeira Copa América.
Perde-se a chance de fortalecer o futebol no continente americano e de se criar um embrião para uma futura competição continental de clubes.
Uma pena, pois, enquanto o futebol europeu se fortalece, as Américas ficam cada vez mais defasadas técnica e financeiramente.