Timão foi punido por briga entre torcedores de organizadas no clássico paulista. Atletas Souza, Fábio Santos e Álvaro Pereira pegaram um jogo de suspensão, cada.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu na manhã desta sexta, dia 3 de outubro, o Corinthians com multa de R$ 50 mil e perda de um mando de campo pela briga entre torcidas organizadas no clássico contra o São Paulo. Além do clube, os são-paulinos Álvaro Pereira e Souza e o jogador corintiano Fábio Santos foram suspensos por uma partida. A decisão cabe recurso.
Pela 23ª rodada do Brasileirão, o Corinthians venceu em campo por 3 a 2, mas a briga entre torcedores das organizadas Camisa 12 e Pavilhão 9 e o arremesso de um isqueiro no gramado da Arena foram registrados na súmula da partida.
“Informo que aos 11 minutos do segundo tempo houve uma briga na torcida do Corinthians, no setor onde se encontravam as torcidas organizadas. A confusão foi contida pela polícia militar. Aos 20 minutos foi atirado no campo de jogo um isqueiro vindo do setor onde se encontravam as torcidas organizadas do Corinthians”. Pelos episódios, o Corinthians foi denunciado por infração ao artigo 213, incisos I e III do CBJD.
Expulsos em campo, os atletas Álvaro Pereira e Fábio Santos foram enquadrados no artigo 254 do CBJD por praticarem jogada violenta. Já Souza foi denunciado por ofender a arbitragem em entrevista concedida logo após o fim da partida. Com base no artigo 58-B do CBJD, a Procuradoria denunciou o volante do São Paulo por ofender a arbitragem (artigo 243-F do CBJD).
Presente no STJD, o atleta Souza prestou depoimento e reconheceu que se excedeu em entrevista concedida após a partida. O jogador negou que tenha tido a intenção de ofender a arbitragem responsável pelo clássico.
O Procurador Marcelo Salomão reiterou as denúncias e pediu a condenação de todos dos atletas, além de pedir punição severa ao Corinthians pelas desordens.
“Novos casos de desordens e denúncia no 213. Até quando vamos ter que julgar esses lamentáveis fatos, vamos permitir que vândalos, bandidos, criminosos adentrem nas arenas para praticarem vandalismo, violência e guerra civil? Nada capaz de prevenir e nada capaz de reprimir foi feito. Nada que o Corinthians sustente será possível para elidir o que ocorreu”, concluiu o Procurador.
Em defesa dos atletas são-paulinos, o advogado Roberto Armelin pediu a desclassificação da denúncia ao atleta Souza por entender ter ocorrido no máximo um desrespeito contra a arbitragem. Além disso, Armelin pediu a aplicação de advertência aos atletas Souza e Álvaro Pereira.
Logo após, o advogado João Zanforlin defendeu o Corinthians. “O Corinthians pagou R$ 105 mil para os policiais realizarem a segurança dessa partida. Houve uma briga entre torcedores e que foram interceptados pela polícia. Como é possível imaginar que teria uma briga entre irmãos, entre comunidade? Esses torcedores foram identificados e já estão respondendo processo. O Corinthians não falhou. Pagou pela segurança e não cabe ao clube uma punição de perda de mando e com portões fechados”, disse Zanforlin que encerrou sua defesa pedindo a aplicação de advertência ao atleta Fábio Santos por ser impudente em campo.
Com votos dos auditores Lucas Rocha, Guilherme Rodrigues e do presidente Wanderley Godoy, o Corinthians foi punido com multa de R$ 50 mil e perda de um mando de campo e teve o atleta Fábio Santos suspenso por uma partida. Souza , do São Paulo teve o artigo desclassificado para desrespeito e foi punido com uma partida, mesma punição aplicada ao atleta Álvaro Pereira.
Fonte: STJD