DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

O Ipea em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, constatou que a taxa de homicídios da população preta cresceu 11,5%, de 2008 a 2018, enquanto a de não pretos caiu 12%.

Em maio de 2022, numa parceria com a CBF, o Observatório da Discriminação Racial no Futebol lançou seu relatório anual, correspondente a 2021, e encontrou 81 casos classificados como incidentes atrelados à discriminação racial nos país, dos quais 64 deles foram relacionados ao futebol, 37 em estádios, 14 no ambiente da internet e 13 em outros espaços.

Em agosto desse ano de 2023 o Observatório, a CBF e a Nike divulgaram o “LEVANTAMENTO SOBRE A DIVERSIDADE NO FUTEBOL BRASILEIRO” pesquisa realizada com 508 profissionais – atuantes nas Séries A e B do campeonato brasileiro masculino, além das A1 e A2 do feminino na temporada 2023 – e registrou que 41% das pessoas pretas ouvidas sofreram racismo sendo que 3,30% desses atos se deram nos hotéis, 11,40% nos centros de treinamentos e sede dos clubes, 31,40% nas redes sociais e 53,90% nos estádios.

O dia 20 de novembro foi instituído nacionalmente como data política de comemoração do Dia da Consciência Negra. A data foi oficializada pela Lei Federal nº. 12.519/2011 e foi escolhida para homenagear Zumbi, o líder do Quilombo de Palmares, que morreu nesse mesmo dia, em 1695.

Para além do 20/11, é preciso diariamente discutir e fazer cessar o abjeto fenômeno social que é o racismo e que tem se utilizado também do esporte para reverberar toda sua sordidez.

O IBDD como instrumento jusdesportivo de construção de uma sociedade inclusiva assume seu papel nesta luta e promoverá no próximo dia 20 de novembro, às 19h, por intermédio da plataforma Zoom, com transmissão ao vivo pelo canal do Instituto no YouTube o Webinar: “Dia da Consciência Negra”.

O evento contará com a mediação de nossa filiada Juliana Camões e como debatedores o Presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB/SP – Butantã e Conselheiro do IBDD, Pedro Magalhães, e Igor Serrano, autor do livro “O racismo no futebol brasileiro” e filiado do IBDD.

Participe!

Fonte: IPEA e Observatório Racial do Futebol.