Está ficando barato!!!

Gustavo Lopes Pires de Souza

Quase quarenta dias depois, a Conmebol julgou o Real Garcilaso pelos atos de racismo protagonizados pela torcida do time peruano contra o volante Tinga, na partida contra o Cruzeiro.

 

Naquele jogo, os torcedores peruanos emitiam sons de macaco sempre que o volante cruzeirense pegava na bola.

 

O clube peruano foi punido pela entidade máxima do futebol sul-americano com uma multa de US$ 12 mil (aproximadamente R$ 28 mil) e a advertência de que, caso os atos racistas se repitam, o estádio do clube será interditado.

 

Em nota oficial,a entidade declarou que tenta combater qualquer forma de discriminação racial e que, tomando este fato como um marco, a se compromete a aumentar a vigilância das partidas para denunciar e punir novamente os clubes e as torcidas que protagonizarem novos episódios de qualquer tipo de preconceito.

 

Neste, que foi o primeiro caso de racismo de grande repercussão na América do Sul, a Conmebol perdeu a oportunidade de aplicar punição exemplar e desestimular de forma veemente qualquer ato de racismo.

 

Ao contrário, a entidade aplicou punição extremamente branda, já que poderia ter, inclusive, excluído o Real Garcilaso da competição.

 

Infelizmente, como todo interesse da FIFA em combater o racismo, percebe-se que as entidades continentais tem hesitado ao aplicar punições.

 

Em 2004, a Seleção Espanhola foi multada pela UEFA em 45 mil libras ( cerca de R$ 145,4 mil) por manifestações racistas. Entretanto, em 2012, o atacante Nicklas Bendtner, da seleção da Dinamarca, foi multado em cem mil euros (aproximadamente R$ 260 mil) e suspenso por um jogo por ter mostrado um patrocinador na cueca durante a comemoração de um gol. Ou seja, houve maior rigoror ao se punir o ambusch marketing.

 

A Conmebol trilha o mesmo caminho, pois, em 2013, o Atlético Mineiro foi multado em dez mil dólares (cerca de R$ 19,5 mil), por ter se atrasado no início da partida diante do Arsenal de Sarandí, da Argentina, valor bem próximo do aplicado ao Real Garcilaso.

 

O racismo é um mal que deve ser banido do esporte e da sociedade em geral e, para tanto, é imprescindível que os casos sejam tratados com bastante critério e punições rigorosas.

 

 

 

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