O preço das arenas padrão Fifa

Valor do aluguel dos estádios construídos para a Copa do Mundo tem sido o maior vilão dos clubes mandantes

 

O Campeonato Brasileiro deste ano inaugurou a era das arenas multiusos no futebol nacional. Porém, jogar em um estádio moderno tem um custo. Elevado para os clubes que não são proprietários ou firmaram parceria com os consórcios que administram as novas praças esportivas. Até agora, em quatro jogos realizados na Série A em arenas construídas para a Copa do Mundo, os administradores faturaram um total de R$ 1.040.557,38 apenas com a chamada “taxa de ocupação dos estádios”.

Dois exemplos de que atuar em uma arena “padrão Fifa” pode sair caro foram dados no último domingo. Porém, com resultados finais diferentes. No Mané Garrincha, em Brasília, o Flamengo teve mais de R$ 1 milhão de renda líquida, apesar de pagar uma taxa de aluguel de R$ 351 mil, a maior cobrada em um jogo de futebol no Brasil. O valor, no entanto, corresponde apenas a 13% do valor bruto arrecadado nas bilheterias, estipulado por lei pelo governo do Distrito Federal. Satisfeito, o Rubro-negro já confirmou levar mais seis jogos para Brasília, entre eles os clássicos contra Vasco e Botafogo.

Por outro lado, coube ao Botafogo o maior prejuízo de um clube até agora atuando em uma estádio construído para a Copa do Mundo. No clássico do último domingo contra o Fluminense, na Arena Pernambuco, o Alvinegro teve um défict de R$ 41.465,24. Boa parte desse prejuízo foi causado pela taxa de aluguel cobrada pelo consórcio que administra o estádio, no valor de R$ 270 mil. O que correspondeu a 73% da renda bruta. Em termos percentuais foi a maior “mordida” em um renda de jogos realizados em arenas.

Procurado pelo Superesportes, o consórcio que administra a Arena Pernambuco explicou que o taxa de aluguel foi acertada com o Botafogo e que ela é negociável jogo a jogo. Uma das variáveis é a expectativa de público, que para o clássico carioca era de 20 mil pagantes. No entanto, apenas 7.882 pessoas compraram ingressos.

Na Fonte Nova, duas realidades, em dois jogos. Na partida entre Vitória e Internacional, a taxa paga ao consórcio correspondeu a 66,5% da renda bruta. Já no jogo entre Bahia e Corinthians, esse percentual caiu para 24%. Vale lembrar, porém, que o Tricolor de Aço foi o único clube baiano que firmou parceria com os administradores da praça esportiva.

Os alugueis

Mané Garrincha (Brasília)
Flamengo 2×2 Coritiba (6ª rodada)
Preço do aluguel: R$ 351.656,60
Percentual sobre a renda bruta: 13%
Renda bruta: R$ 2.705.050
Renda líquida: R$ 1.163.981,59

Arena Pernambuco
Botafogo 1×1 Fluminense (6ª rodada)
Preço do aluguel: R$ 270.000
Percentual sobre a renda bruta: 73%
Renda bruta: R$ 368.550
Renda líquida: – R$ 41.465,24 (negativo)

Fonte Nova
Vitória 2×2 Internacional (1ª rodada)
Preço do aluguel: R$ 165.170,65
Percentual sobre a renda bruta: 66,5%
Renda bruta: R$ 248.247,50
Renda líquida: – R$ 56.921,77 (negativo)

Bahia 0x2 Corinthians (6ª rodada)
Preço do aluguel: R$ 249.730,13
Percentual sobre a renda bruta: 24%
Renda bruta: R$ 1.038.410
Renda liquida: R$ 527.051,84

 

Fonte: Super Esportes

 

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