Gustavo Lopes Pires de Souza
A Copa do Mundo entra na sua reta final e apenas oito seleções restaram na busca pela glória mundial: Alemanha, França, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Holanda, Argentina e Bélgica. Dentro e fora de campo a Copa do Mundo tem sido um estrondoso sucesso.
Este sucesso mostra-se ainda maior considerando a imensa repercussão da Copa do Mundo nos Estados Unidos, país conhecido por amar esportes bastante específicos como o Futebol Americano, Beisebol e Hóquei, além do Basquete.
Interessante observar que as ligas profissionais americanas são as mais valiosas do mundo e que o “Super Bowl”, a final do campeonato de Futebol Americano, é o evento esportivo mais assistido do planeta. Ou seja, os EUA são um mercado precioso para a FIFA e para o futebol.
Os indícios de que o futebol, enfim, tinha aterrizado na “Terra do Tio Sam” começaram com os 198.208 ingressos adquiridos pelos residentes nos EUA. Número só superado pelos brasileiros.
Na Copa, as expectativas se confirmaram e a partida entre Estados Unidos e Gana, válida pela fase de grupos, teve audiência de 15,9 milhões de pessoas, superior às finais da NBA, a mais famosa e valiosa liga de basquete do Mundo.
Aliás, os norte-americanos se reuniram para assistir às partidas do Mundial e chegaram até a fazer um abaixo-assinado para que se decretasse feriado nos dias de jogos de sua Seleção Nacional.
O crescimento do futebol nos EUA não é fruto do acaso, mas, consequência de planejamento, trabalho e profissionalismo iniciados na Copa do Mundo de 1994, realizada naquele país.
Naquela oportunidade, muitos norte-americanos sequer sabiam da realização da Copa do Mundo em seu território e hoje, vinte anos depois, cerca de 20 milhões de pessoas praticam o futebol nos EUA.
A MLS, liga profissional de futebol, possui média de público de 18 mil torcedores, superior à média do Campeonato Brasileiro (14.995).
O Seattle Souders, que disputa a MLS, possui a média de 43 mil torcedores por jogo, número não alcançado por equipes brasileiras.
Ademais, o faturamento dos clubes da MLS teve um aumento de 300% nos últimos 5 anos.
A tudo isso soma-se a excelente participação da Seleção norte-americana na Copa do Mundo que chegou às oitavas de final e disputou a vaga nas quartas em pé de igualdade com a festejadíssima geração de ouro da Bélgica.
Enfim, a Copa do Mundo de 2014 colocou os EUA definitivamente no mapa do futebol mundial. Em razão deste trabalho, em poucos anos a MLS será uma das Ligas mais valiosas do mundo e a Seleção Nacional passará a entrar nas competições com chances reais de título.
A FIFA agradece e prepara-se para virar seus olhos para outro promissor mercado, o chinês.