Gustavo Lopes Pires de Souza
O futebol é uma das maiores representações da cultura brasileira. Neste esteio, ir aos estádios de futebol está arraigado no cotidiano nacional.
Não obstante, acompanhar o clube de coração tem se tornado uma atividade cada vez menos prazerosa.
Com a construção das novas, modernas e confortáveis arenas, a afirmativa acima parece contraditória, mas não é.
Uma onda exagerada de proibições e regulamentações tem deixado a ida aos estádios cada vez mais chata e sem graça.
Primeiro proibiram as bandeiras, depois a cerveja. Mais tarde, a emoção dos grandes clássicos com as grandes torcidas foi substituída pela enfadonha torcida única.
E, mais recentemente pretende-se regulamentar ate o tradicional churrasquinho nas imediações dos estádios.
Enquanto os europeus e os EUA incentivam o game day e tornam a experiência de um jogo de futebol algo espetacular, o Brasil parece não se importar em atrair os torcedores aos estádios.
Precisamos regulamentar e proibir menos e cuidar mais de nossos torcedores.
A Liga Americana e a segunda divisão inglesa já possuem uma média de público muito superior a nossa e se não nos movermos, podemos tornar o futebol um esporte da TV e não do povo.
Portanto, esta na hora de clubes, Federações e Poder Público reverem as medidas adotadas e preocuparem-se com a satisfação da maior razão para a existência do futebol: o torcedor.